The Guit Kune Do
Por muito que o Jazz seja a raiz da formação do guitarrista e compositor André B. Silva, ele não é o seu único ponto de partida e, muito menos, de chegada.
Sem que isso colidisse com uma visão mais tradicional do Jazz, depurada nos dois anos que passou em Nova Iorque, e expressa em André B. Silva 4tet, a forma como a sua escrita desafia as mais dogmáticas classificações, apropriando-se de uma série de linguagens que moldaram a música popular moderna, para as desconstruir e incorporar em abordagens originais, já se havia exprimido no projecto internacionalmente aclamado The Rite of Trio.
Na sua mais recente aventura, junta cinco mestres guitarristas do Porto e da Galiza, um baixista e um baterista para prosseguir a sua busca por sonoridades, formações e lógicas menos exploradas.
O resultado é The Guit Kune Do, uma ode ao seu instrumento, mas também aos ritmos mainstream do final do século XX. As influências do jazz, do funk, do hip-hop e do rock estão bem presentes na sua sonoridade e nos contrapontísticos e viciantes riffs, que tornam a utilização das cinco guitarras num autêntico doce auditivo.
Um entusiasmante festival de música que é ao mesmo tempo energético e introspectivo; que agrada tanto ao público sentado que pretende viajar nas construções melódicas e harmónicas do grupo, como ao público de pé que se quer perder na parede sonora das cinco guitarras.
Com o primeiro álbum editado em Novembro de 2020 pela consagrada Carimbo Porta-Jazz, The Guit Kune Do tem ganhado o entusiasmo e apoio de público e críticos ao longo destes últimos anos.
“Tudo cabe dentro desta salada portuguesa feita de estrilho electrificado e uma curiosa abordagem à improvisação que rende tapeçarias feitas de malha(s) eléctrica intrincada e sinceramente entusiasmante. E até seria coisa para resultar num festival não-jazz de cariz mais aventureiro.” – Rimas e Batidas, por Rui Miguel Abreu
“Resumidamente, The Guit Kune Do é um projecto em que André B. Silva mescla distintas influências com muito bom gosto e elegância. Além do mais, as suas composições são executadas de forma fantástica pelo ensemble que reuniu, revelando uma forte química e sincronismo entre os músicos. Um disco que teima em não sair das minhas colunas.” – Beats for Peeps, por João Morato
“Esta abordagem proposta por André B. Silva resulta num belo conjunto de temas originais, que conquistam rapidamente o ouvinte.” – A Forma do Jazz, por Nuno Catarino
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